terça-feira, 19 de novembro de 2013

Avó.

Nas minhas memórias de infância, o que me é mais importante, não é um acontecimento ou um simples momento, mas sim, uma pessoa. Essa pessoa era a minha avó, uma mulher de altura média, meio loira, sempre com um sorriso enorme na cara e com uns olhos verdes como nunca mais irei encontrar em ninguém. Ela era uma pessoa completamente linda e única, e para mim, irá sempre ser. Ela é a melhor pessoa que conheci até hoje, a melhor pessoa com quem convivi até ao seu último dia. Estava sempre com ela, não falhava um único dia. Era como uma segunda mãe, aliás, acho que todas as avós são como uma segunda mãe para cada um de nós, e se não são, bem... Então tenho mesmo uma avó especial e única. Tudo o que passei com ela, foi bom, digamos até perfeito. Cada momento com ela era mágico de certa maneira, ela tornava as coisas más, em coisas boas, ela via sempre o lado positivo em todos os assuntos, sempre mas sempre. Era ela que aturava maior parte das minhas birras, era ela que me comprava os brinquedos todos que queria e quando queria, era ela que me mimava e me ia buscar à escolinha quando a minha mãe não podia, era ela que lá estava cada vez que a minha mãe não podia por causa do trabalho. Era pequena, não percebia certas coisas. Não me apercebia de que a podia perder de um momento para o outro, não me apercebia de que a ia perder para sempre, sem puder controlar nada. O que me custou mais, foi a perda dela. Foram os dias mais difíceis para mim, foram os piores dias que até ali tinham passado, e talvez até hoje. Não percebia como era possível uma pessoa tão perfeita aos meus olhos, ter ido embora para sempre do ''Mundo dos Vivos'', como eu dizia na altura. Ainda hoje não consigo aceitar que a perdi, cada vez que chega perto da data é como se me tirassem um pouco de mim. Ao fim de tantos anos, não me consigo habituar à ideia de que ela já não volta, de que ela nunca mais voltará e nunca mais vou puder abraça-la. Tenho um certo receio de nunca me conseguir habituar à ausência dela. A natureza é tão injusta para quem não merece... Eu sei que ela não merecia, ela era tão boa pessoa, todos gostavam dela.
As avós conseguem realmente ser marcantes na nossa vida, e nas circunstâncias da minha infância é realmente a minha memória mais doce, que infelizmente já não faz parte do meu dia-a-dia. Se há anjos na terra, a minha avó era um. Respirava bondade, não sabia não sorrir, preocupava-se com todos e até com quem não merecia. Era uma lutadora, uma guerreira. Mal sabia escrever e no entanto a sua sabedoria era enorme. Em sentimentos, em conselhos, em vida (...) A minha avó tinha uma aparência frágil, mas uma garra de ferro. Resistiu a choques impiedosos da vida, infelizmente não resistiu ao último. É tão injusto uma pessoa tão bondosa partir como ela partiu... Por uma doença tão sei lá... Tão parva. Cancro devia ter cura imediata para pessoas como ela. Lembro-me de um dia, ter perguntado à minha mãe porque é que as pessoas morriam e ela explicou-me que as pessoas ficam velhas e então tinham de ir embora porque estavam a fazer falta no céu e tinha de haver espaço para os bebés que iam nascer. A minha resposta foi: “Eu não quero que ninguém morra, eu não quero ninguém no céu, eu quero a avó comigo para sempre!” … Coisa de criança. Mas a verdade é que ainda hoje dou por mim a questionar…”Porque a minha avó? Porque a minha?!”. Acho que a morte vai ser sempre um assunto que nunca vou perceber bem e sinceramente, nem quero perceber. O que importa é que apesar de ela já cá não estar, eu tenho orgulho de dizer que sou neta de tal pessoa. Não sou daquelas pessoas que tem vergonha de dizer que ela é minha avó, muitas pessoas são assim e nunca hei-de entender o porquê de tal atitude.

Uma Avó é uma mulher que apesar de ter filhos, gosta dos filhos dos outros. Costumamos dizer que os velhinhos não fazem nada senão ficar ali quietos, mas eles fazem muito mais do que isso, eles amam mesmo que não os amem a eles, eles cuidam. Os Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo, não são tão fracas como dizem. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó ou um avô, e sobretudo aproveitar todos os momentos que puder com eles, pois eu gostava de estar com a minha avó e não posso, era tudo o que mais queria, era tudo o que mais precisava neste momento. Ninguém sabe a falta que ela me faz.

sábado, 16 de novembro de 2013

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As coisas entre mim e a minha melhor amiga, já se resolveram.
Nenhuma de nós queria deixar o orgulho de parte, como sempre... Mas o que eu menos queria, era perde-la de vez. Ao fim de muito ''(...) vou-não vou-vou-não vou (...)'', fui falar com ela ... ou melhor, rir. Nós não sabemos ter uma conversa séria, é mais forte que nós!
"Sempre juntas, sempre a rir." - esse deve ser o nosso lema, eu não sei ..

Como nem tudo pode ser bom, faz hoje uma semana que eu e ele não falamos.
Não nos chateamos, não disse nada de mal (penso eu), até pelo contrário, as coisas agora estavam a voltar ao ''normal'', estávamos a ir com calma, claro ... mas estava tudo a ficar ''normal''! Não percebo nada, o que será que fiz? Será que fiz alguma coisa de mal, ou disse alguma coisa que não devia? Será? É que se não for isso, eu não percebo o porque disto, eu não percebo mesmo ... simplesmente ele esta off, desde sábado passado, ou sei lá, SEMPRE off.
Não sei se não tem pc, e se tem, tem a porcaria daquilo offline. O que seria muito porco da parte dele, desculpem mas é verdade ...... Mas mesmo que não tivesse pc agora, existem telemóveis e eu sei que ele tem telemóvel, lol, ele não tem ''desculpa'' para não me falar por não ter pc, ele poderia ligar-me ou até mandar sms. Uma porra de sms que por mais pequena que fosse valeria a pena, nem pedia um sms fofo nem nada do género, apenas sei lá ''Nicole, não vou ter pc durante um tempo.'' sei lá, por mais seco que fosse, eu precisava. Eu só precisava disso, só isso... Ele podia ter dito alguma coisa. 
Agora se não foi nada disto, eu desisto mesmo.
Não é desistir dele, mas sim desistir desta porcaria toda a que chamam amor.
"amo-te infinitamente mais um. <3''





sábado, 2 de novembro de 2013

O futuro é um fragmento do passado.

"Eu não sei o que escrever, eu não sei o que sinto, eu não sei sequer o que penso ou o que acho. Ultimamente já não sei como ando, não sei se estou bem ou se estou mal, ou até se estou normal...
Mas qual será o meu "normal"? Pois, também esse não sei qual é, mas seja lá o que for, eu estou normal. Penso eu (...)"

Não tenho tido coragem para escrever nada desde que nos afastamos. (eu e ela)
É tão estranho estarmos uma ao lado da outra e não estarmos constantemente na brincadeira, a rir até não poder mais. É tão estranho verte abraçada a outras raparigas, quando tu raramente o fazias comigo, é tão estranho mal me falares, é tão estranho já não me guardares lugar a teu lado no autocarro, é tão estranho já não termos aquelas conversas em que me davas na cabeça ou até simplesmente já não termos as nossas "briguinhas" que depois estava tudo bem no dia seguinte, é tão estranho mal te falar e apenas verte nos intervalos e no autocarro ou ir para casa, pois nem ai, podemos falar. Sei lá, é estranho... Tudo é estranho. Para mim, tudo é estranho.
Estranhamente já me deveria ter habituado ou mentalizado que iria ser assim. Que te iria ver abraçada a outra raparigas ou até a ter brincadeiras que apenas nós tínhamos, eram as nossas coisas e não tuas e das outras raparigas. É estranho verte a conversar com outras pessoas sobre assuntos que eu não entendo ou até desabafares com outras pessoas que não eu, mas isso é outro assunto, pois sempre o fizeste e eu nunca entendi o porque. Eu gostava de me sentir útil para alguma coisa, mas pareces não confiar em mim. Gostava de um dia chegares ao pé de mim e nós sentasse-mos e tivéssemos uma conversa daquelas bem sérias, onde me contasses tudo o que sentes, tudo por aqui que passas, tudo aquilo que te faz chorar e tudo aquilo que te faz sorrir, gostava de participar mais na tua vida, gostava que me chamasses de melhor amiga, mas desta vez, com o verdadeiro significado da palavra... ''Melhores Amigas.'' (pus a azul, porque é a tua cor preferida ...)
Mas bem, eram nossas brincadeiras, os nossos comprimentos, as nossas 'palavras', os nossos joguinhos, os nossos abraços sei lá ... eram as NOSSAS coisas, entendes? ...
Doí não ter nada disso, pois, é neste momento que mais preciso de ti ... É agora.
Acontece tudo ao mesmo tempo! Sei que já me deveria ter habituado, mas sei lá ... sou tão criança porra.
Desiludi-me com as coisas que aconteceram, da maneira como as coisas aconteceram...
Neste momento, não me acho preparada para falar sobre ele ou para voltar a escrever sobre ele... Sei lá, as coisas estão muito estranhas e só de pensar que eu fui a causadora disso só para conseguir ter certezas do que ele sentia por mim ... Aiiiiiiiiiii, eu nem sei o que dizer mais porra!! Ele disse-me tantas coisas.... Boas e más.
Eu sei que a distância existe, mas porra, não é assim tanta distância quanto isso...
Se realmente quisermos, nós conseguimos! Eu acredito que consigamos. Porque afinal (...)
''-Juntos somos um só.'' ou éramos? Já não sei...
*help me.



Faltam 2 semanas para estar com o meu melhor amigo, simplesmente asdfghjkl, estou nervosa e com medo do que ele poderá pensar ou dizer... O que é que lhe digo quando o vir? O que é que faço? ... Qual será a primeira coisa que lhe hei-de dizer?... Tenho tanto medo de não ser como ele imagina que eu seja.