quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Olha para dentro e descobre quem tu és.


Rapariga pequena com coração enorme, olhos cor de amêndoa e quando inundados, verde, cor do mar. Olhos vidrados e carregados de memórias. Pele morena queimada do sol ardente das suas longas tardes de verão, usando cabelo comprido cheio de caracóis que formam uma grande confusão, tal como a sua mente. Mãos pequenas, mas cheias de saudades do seu passado. Saudades de sentir, saudades de tocar. Música é a sua vida, o que a completa. Feliz para todos, infeliz para si mesma. Amante do mar por lhe transmitir uma sensação de liberdade e pelo seu aroma hipnotizante de maresia, fazendo-a pensar em tudo o que já passou e no que estará para vir. Adora o vento por lhe esvoaçar o cabelo, permitindo uma rebeldia exterior superior à sua ingenuidade.
Marcada pela vida, já passou por muito. Culpa-se diariamente por não conseguir esquecer o que passou, pois não consegue prosseguir o seu caminho sem olhar para trás. É orgulhosa mas sabe quando parar pois não permite perder as pessoas que mais ama, por pequenas razões, por razões estúpidas e ou insignificantes. Age quando tem de agir, mas fica sempre a pensar se o que fez, foi o mais certo. Pobre rapariga confusa.
Infância feliz, adolescência complicada, como será a sua vida em adulta? Uma rapariga cheia de dúvidas e "porquês" incompreendidos e que nunca terão resposta. Rapariga estranha e difícil, bastante indecisa e com a mania de complicar o que é simples, importando-se com mínimos pormenores, aos quais ninguém liga. Valoriza cada pequeno movimento, cada pequeno gesto, tentando aproveitar cada segundo que lhe é dado.
Rapariga sonhadora que vive iludida por palavras, sendo prejudicada, pois nunca irá aprender. Retribui simpatia e afeto, pois é bastante carente. Um abraço faz toda a diferença na sua vida. Uma rapariga que nunca será suficiente para ninguém. A falta de amor, vence-a.
Não sabe quem é, mas imagina quem seja. Rodeada de amigos, sente-se sozinha, refugiando-se diariamente com um sorriso no rosto durante o dia e inundando o seu quarto, quando a noite cai. Farta de rotinas, sente-se revoltada consigo mesma, querendo mudar, mas não sendo capaz de o fazer. Rapariga de seu nome Nicole, nome não muito comum, mas perfeito para ela. Nome de origem francês, trabalhadora incansável, inteligente e criativa, está sempre disposta a colaborar sem outra intenção, apenas quer ajudar os outros. Com facilidade consegue realizar quaisquer tarefas cansativas e monótonas, as quais a maioria das pessoas recusaria. Não admite ser interrompida quando está a trabalhar e é bastante critica consigo e com o que a rodeia. Acredita que precisa do apoio de alguém para conseguir realizar-se e ter um novo recomeço, o tal que tanto precisa. Depende muito dos outros, acabando sempre por se magoar, ainda assim a sua bondade é tanta que acaba por perdoar quem o fez. Amante da dor e das lágrimas que descem o seu rosto. Rapariga tímida e medrosa, como uma criança que se esconde atrás da mãe quando alguém desconhecido se aproxima. Rapariga que tem medo do escuro, ou do que poderá estar nele. Rapariga que permanece em silêncio tentando assim, esconder o que sente. Rapariga lutadora e perdedora das suas guerras. Duvidosa da sua própria pessoa, age com muito cuidado de forma a não magoar ninguém, pois sabe como isso doí. Meras palavras podem causar grandes estragos.

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