Escrevo os nossos nomes num vidro empoeirado; vejo-me entre as letras e o pó; começo a refletir no que ando eu a fazer, no que ando eu a pensar e no que me estou a tornar. Não gosto. Apenas me escorre lágrimas, lágrimas e mais lágrimas. Não param. Começo a soluçar e apenas me lembro de ti, de nós... Sinto a tua falta, falta dos teus abraços, dos teus beijos, falta da tua voz.
Gostava de ter esperança mas neste momento eu não sei o que é possível ou impossível. Gostava de poder dar uma segunda oportunidade ao que sinto mas não sei se é o que sentes. Acredito em segundas oportunidades, acredito no destino.
Acredito que o nosso destino é ficarmos juntos.

Saudades das tuas mãos a acariciarem o meu rosto, saudades das tuas mãos a percorrerem o meu corpo, saudades das tuas mãos a juntarem-se nas minhas. Saudades das tuas festinhas no meu cabelo e saudades da tua voz no meu ouvido.
O tempo que passamos juntos tem criado uma enorme carência dentro de mim. Não te poder dizer que sinto a tua falta, desgasta-me, destrói-me, mata-me. Tenho saudades de olhar para ti durante eternidades sem dizer uma única palavra, apenas olhar, apenas pensar, apenas sentir. Silêncio. Era tudo mais que perfeito naquela altura. Doí não te ter do meu lado.

Nunca quis isto para mim

A falta dele consome-me um pouco mais a cada dia que passa. Nunca pensei que seria tão difícil ter de aceitar a escolha que fez e muito menos que seria tão difícil ter de aceitar uma perca tão grande como esta.
As coisas mudaram e não ficaram melhores.
Não estava preparada para o que aconteceu, foi tudo demasiado rápido para conseguir entender o que estava realmente a acontecer. Acabei por me magoar mais do que o suposto porque não quis ver a realidade, custava-me e custa-me acreditar que tudo se perdeu de um segundo para o outro.
Neste momento é como se tivesse um buraco no lugar do coração, que na verdade, já nem coração é. Apenas pedaços espalhados por um corpo que já nem eu reconheço. Quem diria que era possível sentir-me ainda mais perdida que antes. Nunca quis isto para mim.
A falta de energia está a desgastar-me aos poucos, quero dormir e não consigo. As poucas horas de sono que tenho são invadidas por ele nos meus sonhos, simplesmente aparece sem pedir qualquer autorização para tal. Quem é ele para me pôr neste estado? Quem é ele para me dominar assim?
Só quero esquece-lo.

E agora?

Faz três dias eu lhe perguntei se queria que fosse ter com ele, dia 31, porque fazíamos dois meses de namoro, ele aceitou mas nunca demonstrou entusiasmo. Sempre me respondeu o mais simples possível, achei estranho e perguntei-lhe o que se passava, porque é que me estava a responder daquela forma, não era normal, algo se passava e ele não me estava a querer dizer... Ele continuou sem dizer nada até que comecei a puxar por ele porque estava a ficar realmente preocupada, então cheguei a uma altura que lhe perguntei se ainda sentia o mesmo por mim, se me amava, e porque é que me tinha afastado tanto no ultimo mês... Aí, ele começou a dizer que as coisas estavam muito diferentes, que já não sabia o que fazer ou o que sentia ao certo em relação a mim, não sabia se queria continuar comigo ou se simplesmente desistia... Resolvi dar-lhe tempo para pensar bem no que estava realmente a sentir, o tempo que ele precisasse porque eu amo-o e não queria que se sentisse inseguro em relação a isso.
Nesse dia mal dormi, só consegui adormecer já eram 10 da manhã e acordei passado umas 4 horas, estava preocupada, com medo, com receio ... Não sei, não queria que me deixasse, estava tudo tão bem desde que ele apareceu na minha vida e ele queria por fim a isso, não entendia o porquê, passei a noite inteira a pensar em todas as possibilidades, não consegui descansar nada.
Entretanto passou um dia e nem se dignou a falar comigo, então, à noite, fui eu falar com ele. Não conseguia ficar neste "vai-não vai" para sempre, não queria esperar mais tempo porque eu precisava de saber, eu tinha de saber o que fazer... Perguntei-lhe e começou com rodeios, voltou a dizer o mesmo, que as coisas estavam diferentes mas nunca me deu uma resposta concreta, parecia que estava com medo de dizer que já não me amava ou algo do género... Se ele não o fazia, alguém tinha de o fazer... Enchi-me de coragem e pedi-lhe para ser frontal, disse-lhe que se queria acabar, que acabasse logo, não precisava de tantos filmes porque só estava a adiar as coisas.
Ele decidiu acabar.
Pediu desculpa por se ter revelado ser uma pessoa que eu pensava que ele não era. Desculpei apenas por simpatia e por gostar realmente dele porque naquele momento só me apetecia esmurra-lo até ele não conseguir falar mais, fiquei completamente sem chão mesmo já estando à espera que isto fosse acontecer. Metade de mim dizia que ele não era capaz de desistir, mas a outra metade dizia que ele já tinha desistido à algum tempo e que já não valia a pena...
Não sei se acredito que ele simplesmente deixou de me amar, é estranho demais, demasiado rápido para deixar de amar tanto como ele dizia amar... Eu via no olhar dele o quanto ele me desejava, quando estávamos nos nossos momentos eu sentia que ele me amava e ele nunca me falhou, ele esteve sempre para mim, tanto com as coisas sobre ela como com os meus pais, com o amigo dele, sei lá ... Ele esteve sempre lá, para além de meu namorado, ele era das pessoas em quem eu mais confiava. Eu contei-lhe tudo e quando digo tudo, é praticamente tudo... Eu contei-lhe todos os problemas que tive no passado em relações, todos os problemas em amizades... Sei lá, éramos perfeitos um para o outro. Ele tomava conta de mim e eu dele, quando um estava mal, estavam os dois... Não foi apenas um afastamento que acabou com isto, e mesmo que tivesse sido, ele não desistiria assim facilmente de mim, parece estúpido dizer isto tendo em conta o que aconteceu, mas eu sei que ele não o faria, pelo menos sem tentar mais uma vez... Mas ele não tentou. Ele apenas desistiu de tudo, desistiu de mim de um momento para o outro, da noite para o dia e isso custou-me e sei que ainda me vai custar muito.
Eu nunca me vou esquecer dele, nunca me vou esquecer de nada do que fizemos juntos, brincadeiras, conversas, risos, beijos, de nada mesmo... Ele marcou-me, marcou-me muito mesmo. Foi e é super importante para mim, mesmo que agora não possamos ser um casal, não quero abdicar da amizade dele, ele é demasiado importante para isso e não tem noção disso, ele não sabe o quão grande é o meu sentimento por ele. Mesmo depois disto não consigo não me preocupar com ele, não consigo não ver o que ele anda a fazer enquanto esta no pc, não consigo deixar de ver as nossas fotos... Temos falado, conversas banais,, não muito mais do que a conversa típica do "então como foi o teu dia?" e terminamos por ai... Eu nunca quis isto para nós.
Mais uma vez, fico com o coração nas mãos, sozinha, como sempre.
Perdi os meus amigos, a minha melhor amiga e agora o meu namorado.

Quando é que as coisas más vão parar de me acontecer? Eu só quero que isto tudo acabe e o mais rápido possível.

Ps. Terça vou sair com o grupo, vamos as piscinas, vai lá estar imensas pessoas que conheço e eu não me sinto bem com o corpo que tenho neste momento. Não sei o que fazer, mas espero que tudo corra bem, desejem-me boa sorte !! Espero distrair-me um pouco de todas estas coisas más que têm acontecido.

Que mal fiz eu?

Os meus amigos estão todos longe e já são poucos ou até nenhuns que considero amigos.
Acho que já não há nada que possa fazer em relação à minha melhor amiga.
O meu namorado já não sabe o que há-de fazer, se continuar comigo ou simplesmente desistir de tudo.

Não me resta nada, estou a perder tudo o que tenho aos poucos. Que mal fiz eu?

Sou feliz com ele.

Ele faz-me bem.

Ele é especial, não o trocaria por nada.

Nunca estive tão feliz ao lado de alguém.

Finalmente encontrei alguém que me ama verdadeiramente.

Às vezes penso que todo o mal que me aconteceu era porque tinha mesmo de acontecer. Tinha mesmo de passar por tudo aquilo, por todas as ilusões e desilusões, para o poder encontrar... Para o ter comigo. Isto faz-me ser mais cuidadosa e cautelosa com ele, faz-me não o querer perder e não o querer desiludir. Apenas quero que tudo continue como tem estado, tudo perfeito entre nós. Estamos quase a fazer 1 mês... Não me poderia sentir melhor de outra forma, não me imagino com outra pessoa que não ele.
Mas nem tudo é bom e perfeito como aparenta, existe sempre aquele mal estar que escondemos dentro de nós, aquele sentimento menos positivo, aquele sentimento obscuro cheio de raiva e revolta e isso têm-me afetado mais do que devia nestes últimos dias. Pensei que tudo já tivesse passado, mas mais uma vez, enganei-me.
Esta tudo bem e tudo mal. É como se o amor e o ódio me dessem mãos, um de cada lado.
Tenho de me focar no que é realmente importante neste momento. É tarde para arrependimentos. Aprendi a aceitar o meu passado e perdoei-me por tudo o que aconteceu. No fundo, a culpa também foi minha. Fui eu que permiti que todas aquelas coisas se tivessem prolongado por tantos anos, fui eu que me deixei envolver tanto ao ponto de não me conseguir afastar... Eu tive culpa, mas estou a ultrapassar isso. Apenas quero seguir em frente, esquecer todo o mal que aconteceu no passado e aproveitar o que de bom tenho e o que ainda está para vir.
Às vezes sinto-me encurralada, como se quisesse fazer alguma coisa e não pudesse de maneira nenhuma, como se algo ou alguém me impedisse de o fazer mas ao mesmo tempo, incentivava-me a fazê-lo. Fico sempre tão confusa que acabo por não me saber explicar, acabo sempre por não saber o que pensar. Quando estou mais calma, apercebo-me que é apenas medo. Um medo insaciável de que tudo volte de um momento para o outro. Não estou preparada para voltar ao que era, não estou nem quero estar, era a pior coisa que me podia acontecer.

Apesar de ultimamente estar mais próxima de um rapaz, ele é amigo do rapaz de quem eu gostava (ou gosto?) e eles são muito parecidos. Personalidade, maneira de agir, sonhos, gostos, até a voz é parecida. Tenho conversas parecidas às que tinha com o outro rapaz, o que me tem feito pensar nele e tem-me feito recordar imensa coisa. Cada vez que vejo alguma coisa dele com outra rapariga, ainda sinto aquele ciuminho nojento, o que me irrita bastante porque eu não quero sentir mais isto por ele. As minhas amigas aproximaram-se dele o que eu detestei, apesar de ter ficado calada perante tal situação, a verdade é que não gostei nada de saber que eles andavam a conversar e a ter certos tipos de conversas. Mas conversar não tem nada de mal e nem sei porque é que fiquei de certa forma, "magoada". Às vezes chego a questionar-me se o que sentia por ele ainda é o sinto e tenho medo que estas duvidas se transformem em certezas.
Por outro lado, este "novo rapaz" tem-me feito muito bem. Tem-me feito sorrir, tem-me dado o carinho e atenção que ninguém me tinha dado até hoje... Sinto-me muito bem com ele, coisa que já não acontecia à algum tempo. Temos feito chamadas até as 7/8 da manhã, normalmente é assim que adormecemos.
Ouvir a voz dele até adormecer, dia após dia, tem sido muito bom. Tenho receio que mais uma vez ele se torne uma pessoa importante na minha vida e desapareça, como sempre. Nas férias tem sido assim mas como será quando a escola começar?
Em relação a ela (...)
A nossa amizade está a renascer aos poucos e estou bastante feliz com isso.
Temos saído estas férias, tem sido muito bom passar tempo com ela, só com ela... Quero que as coisas continuem com este rumo porque está a ser muito bom sentir que ela esta de volta à minha vida e não quero que a escola comece e estrague o que conseguimos recuperar nestas duas semanas. Foi um grande avanço.

Vou-me tornando um nada.

Vai-me substituindo por outra rapariga, vai-me pondo de parte, vai deixando de falar comigo e com isso, vai deixando de se meter comigo. Já não se importa como estou, ou até o que acontece no meu dia-a-dia de melhor e de pior. Deixa de me contar os seus segredos e deixa de brincar comigo.
Estou a perde-la e ninguém entende o quanto isso custa, o quanto isso me magoa e o quanto isso me deixa triste. Sinceramente, já não estou à espera de nada vindo de seja de quem for. Já não espero que me entendam ou até que me ouçam, na verdade, eu também já pouco o faço, admito, mudei e talvez tenha deixado o meu habito de meter os outros em primeiro lugar na minha vida um pouco para trás. Ela sempre me disse que dava demais a quem não merecia e talvez tenha sido isso que me fez pensar melhor no que fazia. Já não me importo tanto com os outros e não sei se isso é bom ou mau, talvez seja um pouco dos dois, não sei, tenho de pensar melhor sobre isto. Talvez seja por isso que agora seja muito mais calada do que o ano passado, mais... Não sei... Solitária? Não sei se esta será a palavra certa.
Não digo que a "culpa" de já não fazer tanto isso seja só minha, talvez seja também por as novas pessoas que conheci, não serem tão afectivas como as que estava habituada a lidar diariamente, talvez por não serem tão brincalhonas e divertidas. "As antigas" eram diferentes, para não dizer melhores. Eu gosto de pessoas que sejam carinhosas e atenciosas, porque sou uma pessoa bastante carente, adoro mimos, seja de quem for. Não querendo desvalorizar as pessoas novas que conheci, porque essas é que me têm apoiado, e claro que valorizo isso, e muito, mas é tão diferente, tratam-me de uma maneira tão diferente, maneira essa que não estou habituada e dificilmente me vou conseguir habituar a este novo ritmo de vida, a este novo quotidiano com estas pessoas tão diferentes de mim. Eu não sei, já ponho tudo em causa.
Tento contar o mínimo possível de mim e do que sinto aos outros. Quando puxam por mim, recuo e não deixo a conversa avançar, não vale a pena falar com ninguém por diversas razões, mas a principal é que no fundo ninguém quer saber como estou, ninguém se importa e apenas perguntam só porque sim ou apenas para ficar bem, já não há pessoas puras como antes, pessoas sem maldade, por mais que digam o contrário as coisas agora são assim, eu sei disso. Hoje em dia já ninguém faz nada sem querer algo em troca.
Ninguém sabe o que sinto por ela. É muito mais do que uma simples amiga ou melhor amiga, muito mais do que uma irmã ou até uma mãe, muito mais que isso, ou talvez ela me seja tudo isso junto. Ninguém consegue entender os limites deste sentimento, é tão estranho, tão fora do vulgar, nem eu sei o que sinto...
Aos poucos e poucos vou-me tornando um nada na vida dela.

Saudades do teu toque, saudades do teu beijo, saudades do teu sabor, do teu abraço apertado e saudades de ti, de mim e de nós. Saudades de tudo o que tínhamos e já não temos e saudades de teres saudades minhas. Saudades das nossas conversas, saudades de falar contigo... Saudades de estar contigo, saudades de estarmos só os dois. Saudades de te tocar e de te ter comigo, saudades do teu cheiro e do teu rosto. Saudades dos teus lábios encostados nos meus e saudades das tuas mãos a percorrer o meu corpo. Saudades do teu corpo encostado no meu e saudades do teu sorriso. Saudades das nossas brincadeiras e saudades de vestir a tua roupa e vice-versa. Saudades da tua voz e saudades das tuas palavras. Saudades do que me dizias e já não me dizes. Saudades tuas, saudades minhas. Saudades de quando éramos um "nós" e não apenas um "eu" e um "tu". Saudades que digas que me amas.

O tempo passa, morre pelos dias e sossega pelas noites. Gostámos de passear por aqui, fingir que a terra se funde com o mar, enquanto o céu fica nublado e se cobre de desespero e saudade.

Tu eras maior que o mundo, maior que o meu mundo...

Nem todas as palavras que inventei atearam fogo ao teu coração. Os dias tornaram-se escuros, pintaram-se de cinza e caíram na indiferença, hoje apenas me sento em frente ao céu e desejo esquecer todas as palavras que nunca me disseste, o vazio das tuas mãos, a dor dos teus sorrisos. No fim, apenas eu fiquei despida de ansiedade, isolada em braços que não me pertencem, com o teu nome escrito em cada pedaço que ainda posso chamar de meu.

Erros meus.

Erros meus que prejudicam quem me rodeia. Erros meus que me prejudicam a mim. Erros meus que me fazem mudar o que penso e o que sinto. Erros que definem o que sou hoje, que definem no que me tornei. Que me tornam forte para umas coisas, mas fraca para outras. Erros meus dos quais não me orgulho. Erros que ultrapassei, erros que estou a ultrapassar, erros que irei ultrapassar. Passado, presente e futuro. Uma correria confusa contra o tempo. Erros vividos e marcados eternamente. Todos os dias um novo erro, uma nova falha para a lista infinita que trago memorizada. Erros que são apenas recordações de momentos. Recordações que parecem não me largar. Erros de perder, erros de ganhar. Erros que irei recordar para sempre. Erros rodeados de pessoas. Erros com a família. Erros com desconhecidos. Erros com amigos. Erros com amigas. Erros com melhores amigas. Erros com melhores amigos. Erros com todos e com nenhuns. Erros sozinha e erros acompanhada. Mas afinal que faço eu aqui se só erro?

Apenas novidades.

Aqui estou eu novamente.
As coisas parecem começar a estabilizar. Finalmente.
As coisas com ela aos poucos vão ficando como antes, o que é bastante bom, sentia tanto a falta dela...
Ela faz-me bem, sem dúvida. Custa-me um pouco vê-la com este vicio, mas são escolhas que fazemos. Ela sabe a minha opinião, ainda assim, sei que devia insistir mais no assunto, mas não posso mudar as vontades dela. São escolhas. Eu apenas posso falar, nada mais, não a vou obrigar a nada.
Com elas, digamos que está tudo bem, têm ajudado muito, mas muitas vezes sinto-me de parte. Nada que já não esteja habituada. Parece estúpido, mas não é. Apenas continuo e pronto...
Pessoas substituem pessoas, e estou a passar por isso. Sinto-me substituída mas irei ficar calada. Ninguém nota a minha presença ou ausência, não farei diferença. Irei manter silêncio eternamente.
Com ele... Bem, temos falado. Já não sinto nada por ele, ou quase nada. Não me consegue ser indiferente mas aos poucos vai deixando de ser o que era. O sentimento um dia mudará por completo e esse dia está perto.
Ele conheceu novas raparigas... Eu conheci novos rapazes... Um deles é da minha escola. Pensei que finalmente iria ter um novo amigo na escola, com quem pudesse falar de tudo, mas com a sorte que eu tenho, adivinhem ... Apenas mais um player como todos os outros rapazes que conheci até hoje. Não se pode confiar em ninguém e eu estou a aprender isso da pior forma. Chega. Chega só.
O meu corpo ... Bem talvez esse é o único que nas ultimas semanas não me tem decepcionado.
Barriga aos poucos vai ficando como sempre quis. Sonhos .... Apenas sonhos ....

Fui operada hoje, correu tudo bem. Só peço que a cicatriz não seja muito grande, POR FAVOR! Mas sei que levei muitos pontos, sad. Era mais profundo do que pensavam.

Olha para dentro e descobre quem tu és.

Rapariga pequena com coração enorme, olhos cor de amêndoa e quando inundados, verde, cor do mar. Olhos vidrados e carregados de memórias. Pele morena queimada do sol ardente das suas longas tardes de verão, usando cabelo comprido cheio de caracóis que formam uma grande confusão, tal como a sua mente. Mãos pequenas, mas cheias de saudades do seu passado. Saudades de sentir, saudades de tocar. Música é a sua vida, o que a completa. Feliz para todos, infeliz para si mesma. Amante do mar por lhe transmitir uma sensação de liberdade e pelo seu aroma hipnotizante de maresia, fazendo-a pensar em tudo o que já passou e no que estará para vir. Adora o vento por lhe esvoaçar o cabelo, permitindo uma rebeldia exterior superior à sua ingenuidade.
Marcada pela vida, já passou por muito. Culpa-se diariamente por não conseguir esquecer o que passou, pois não consegue prosseguir o seu caminho sem olhar para trás. É orgulhosa mas sabe quando parar pois não permite perder as pessoas que mais ama, por pequenas razões, por razões estúpidas e ou insignificantes. Age quando tem de agir, mas fica sempre a pensar se o que fez, foi o mais certo. Pobre rapariga confusa.
Infância feliz, adolescência complicada, como será a sua vida em adulta? Uma rapariga cheia de dúvidas e "porquês" incompreendidos e que nunca terão resposta. Rapariga estranha e difícil, bastante indecisa e com a mania de complicar o que é simples, importando-se com mínimos pormenores, aos quais ninguém liga. Valoriza cada pequeno movimento, cada pequeno gesto, tentando aproveitar cada segundo que lhe é dado.
Rapariga sonhadora que vive iludida por palavras, sendo prejudicada, pois nunca irá aprender. Retribui simpatia e afeto, pois é bastante carente. Um abraço faz toda a diferença na sua vida. Uma rapariga que nunca será suficiente para ninguém. A falta de amor, vence-a.
Não sabe quem é, mas imagina quem seja. Rodeada de amigos, sente-se sozinha, refugiando-se diariamente com um sorriso no rosto durante o dia e inundando o seu quarto, quando a noite cai. Farta de rotinas, sente-se revoltada consigo mesma, querendo mudar, mas não sendo capaz de o fazer. Rapariga de seu nome Nicole, nome não muito comum, mas perfeito para ela. Nome de origem francês, trabalhadora incansável, inteligente e criativa, está sempre disposta a colaborar sem outra intenção, apenas quer ajudar os outros. Com facilidade consegue realizar quaisquer tarefas cansativas e monótonas, as quais a maioria das pessoas recusaria. Não admite ser interrompida quando está a trabalhar e é bastante critica consigo e com o que a rodeia. Acredita que precisa do apoio de alguém para conseguir realizar-se e ter um novo recomeço, o tal que tanto precisa. Depende muito dos outros, acabando sempre por se magoar, ainda assim a sua bondade é tanta que acaba por perdoar quem o fez. Amante da dor e das lágrimas que descem o seu rosto. Rapariga tímida e medrosa, como uma criança que se esconde atrás da mãe quando alguém desconhecido se aproxima. Rapariga que tem medo do escuro, ou do que poderá estar nele. Rapariga que permanece em silêncio tentando assim, esconder o que sente. Rapariga lutadora e perdedora das suas guerras. Duvidosa da sua própria pessoa, age com muito cuidado de forma a não magoar ninguém, pois sabe como isso doí. Meras palavras podem causar grandes estragos.

I'm lost.

Sinto-me perdida. completamente sem rumo... Sem razão aparente de aqui estar. A minha melhor amiga mal me liga mas também já nem é isso que "me faz confusão", talvez seja o facto de não ter ninguém. Não falo de amizades, porque amizades eu tenho muitas e sei disso, não me posso queixar. Falo de amor sabes? Eu nunca tive ninguém a sério, sabes? ... Nunca tive alguém que me disse-se um "amo-te" completamente sincero, completamente puro. Nunca tive ninguém que me acarinhasse nos piores momentos, nem ninguém que brincasse comigo. Sempre vivi no mundo das princesas e pensei que um dia encontraria o meu príncipe, que inocente eu. Sempre lutei pelo "príncipe" errado e olha no que isso me fez tornar ... Fez-me tornar nesta merda que sou hoje. Sim, exactamente isso, uma merda. Não imaginas o que sinto cada vez que vejo um casal... 

Imagino-me tantas vezes com ele... Sonho tanto. 

Imagino todos os dias como será o nosso primeiro encontro. já sonhei com isso até... Sonhei que nos víamos e começávamos a correr um para o outro e depois ficávamos imenso tempo abraçados, ambos a chorar, sabes...como nos filmes... Pareceu tão real que quando acordei, senti-me das piores pessoas do mundo, foi horrível.

Amar uma pessoa sem nunca a ter visto... Quem é que faz isto?! Só eu mesmo. Nunca aprendo nada... 

E depois cada vez que falo com o meu melhor amigo sinto uma revolta tão grande... Eu nunca estive com ele. Sabes o quanto isso me custa também? Pois é, ninguém sabe, ninguém imagina sequer porra.

Ninguém sabe o quanto me custa estas distâncias todas, parece tudo muito fácil aos olhos dos outros, porque é que não é assim para mim também? Estou tão farta de não ter alguém que me ame, alguém que fique comigo, alguém que esteja comigo, sempre comigo. Alguém que me diga um "amo-te" verdadeiro. Alguém que me ame, que não me deixe nem me desiluda como todos os outros fizeram. 

Acontece sempre o mesmo porra, eu tenho sempre tanto medo e depois tenho muito cuidado para que não volte a acontecer, mas porra pá, volta sempre mas sempre a acontecer! Porque? Mas porque ?! Porqueeeeee ?!!?!?!?!?!?!?!? Porque ...

Apenas mais uma iludida no mundo.

"São 18h16min e estou em aula de geografia, não tenho nada para fazer então volto a escrever.

Aqui estou eu, mais uma vez, a pensar nele. Afinal o que é que eu sinto por ele? O que será que sinto neste momento por ele? Sei que o que sinto é diferente. Sei que mudou, não muito, mas mudou. Talvez esteja um pouco revoltada e apaixonada, ou talvez o odeie tanto mas ao mesmo tempo sei lá ... que o ame.

Nunca pensei conseguir passar tantos dias sem lhe falar, nunca pensei no meu dia-a-dia sem ele, isso nem sequer era uma hipótese minha. E olha para mim agora ... Estou aqui, sem ele. É difícil estar afastada dele, mas estou a conseguir lidar com isso, não muito bem, mas estou e nem como.

Ontem falei com ele, fui fraca, mas soube-me tão bem, fiquei tão mas tão feliz enquanto falávamos... Eu sei que não devia, e eu sei que não é o mais certo, e eu juro que me tentei controlar mas aquele sorriso estúpido e incontrolável dominou-me... Aquela ansiedade quando ele estava a escrever, aquela felicidade de ler o que ele me escrevia, a felicidade de saber que ele estava a partilhar coisas comigo, momentos importantes dele... Há tanto tempo que não falávamos.

Ele mandou-me fotos dele, bem, na verdade ele disse que tinha tirado fotos e eu pedi-lhe para ver. Nem sem bem porque ... Aqueles olhos grandes e azuis, eu sei lá ... Não paro de pensar nas fotos, não paro de pensar em quando voltaremos a falar, não paro de pensar nele.

Conheci um amigo dele, talvez me esteja a entreter com ele e assim distraio-me e eu sei que de certa forma estou a "substitui-lo" pelo amigo, mas sei que é errado, mas que querem que faça? Eu já nem sei sequer o que quero.

Ele precisa de alguém, eu preciso de alguém ... Fazemos companhia um ao outro.

Não quero nada por um tempo, ainda por cima com alguém que é amigo dele, o que é que ele iria pensar de mim?! (...) não quero nada disso para mim. Não me devia preocupar com a opinião dele, mas é a que mais me preocupa.

Os meus amigos estão cada vez mais distantes. Quer dizer, uns mais próximos, e uns mais distantes... Não gosto de dizer nomes mas se algum deles ler o que escrevo, vão saber em qual das partes se encaixarão. Há pessoas que me fazem muito falta, e parece que não entendem isso, então afastam-se cada vez mais. Será que sou eu que dou espaço para isso? Mas também eles só vão embora se quiserem, mas também só ficam comigo se quiserem. Não obrigo ninguém a ficar, nem a sair da minha vida. Mas magoa ver pessoas que nós gostamos a ir embora, é normal sentirmos falta de quem gostamos mas se essa pessoa não nos quer nem nos procura, porque irei eu procurá-la? ... Posso gostar muito dessa pessoa, mas se ela gostasse de mim não se afastaria, não é? Eu acho que sim. Parece que já não querem saber de mim, que já não gostam de mim ...

Entretanto enchi uma folha e vai tocar para sair, vou ter de acabar por aqui e não disse nada de novo. Sou tão desinteressante. Ai sei lá , adeus."

"Faz de conta que nada se passa."

Já não sei o que fazer. Quero recomeçar de novo, mas como?
Como é possível alguém nunca saber o que fazer, nunca saber se deve continuar a ser o que é, ou simplesmente mudar, mudar como ele sugeriu? Será que ele está certo e que se eu mudar, tudo irá mudar também? ... Que tudo irá melhorar?
Estou cansada, realmente cansada.
Farta de tentar e por mais que queira, não consigo o que tanto quero, e pelos vistos, nunca irei conseguir. Nunca irei conseguir ter a paz que tanto quero, que tanto preciso. Já nem falo de amor, esse deve ser o ultimo sentimento que quero neste momento.
Preciso de descansar, preciso de espaço para mim, tempo para mim, longe de tudo e de todos, sem excepção.

Em casa as coisas não andam muito bem, mas também poderiam estar piores, ou talvez não. Acho que isto nunca teve tão mau como tem estado ultimamente... Não sei o que se anda a passar ao certo, mas ainda vou descobrir. Não vou falar muito disto porque é demasiado pessoal e há coisas que se devem guardar só para nós e esta é uma delas, infelizmente.

Parece que quando algo está a melhorar, há sempre alguma coisa que acontece e consegue estragar tudo o que conseguimos melhorar até ao momento. Ao ridículo a que cheguei ... Cada vez me odeio mais, odeio o meu corpo, odeio a minha cara, odeio tudo em mim. Estou cada vez pior.

Ps.: Mal tenho falado com ele. Ele não sente a minha falta, ele não quer saber de mim, ele não me ama.

3 Outubro - 3 Janeiro

"Não quero que mudes por mim, não quero que sejas obrigado a sentir coisas que não sentes, nunca te pedirei isso … Mas também não quero que fales comigo só por falar. Quero que sejas tu próprio, quero que sejas verdadeiro, quero que sejas sincero e quero que digas o que sentes de uma vez. Não quero que me mintas, que me iludas … Não quero e não preciso mais disso. Por favor, diz-me o que sentes de uma vez. Só quero isso, só preciso disso…
Dizes que gostas de mim, mas afinal o que é o teu gostar? Existe vários “gosto de ti”. Existe o de amizade e o de amor. Afinal, qual é o teu?! Eu não te consigo perceber. Há dias em que parece que só existimos nós, é tudo tão perfeito que eu nem sei… E depois há outros dias que nem te reconheço.
Esperava que retribuísses a minha mensagem de bom ano à meia-noite. Apenas queria que me tivesses dito o mesmo que eu te disse, desejado o mesmo que eu desejei para nós, queria ter lido o mesmo que tu leste de mim... Sei lá, eu queria que tivesses dito que me amavas tal como eu te disse, tal como eu sinto e ao que parece, tu não sentes. Como é que cheguei ao ponto da minha felicidade depender de uma pessoa?…
Agora podes ignorar tudo o que escrevi, fingires que nunca leste nada do que escrevi ou realmente pensares no que há entre nós, se é que para ti existe alguma coisa, e no que já passamos até agora. Ir ler conversas antigas, que nem são assim tão antigas, e ver como estamos agora e como éramos antes… Eu faço-o todos os dias. E digo-te que não é nada agradável. Cabe-te a ti saberes o que sentes, porque eu sei o que sinto. Não estou à espera que me respondas, mas acho que ficava bem dizeres alguma coisa, a serio. Não te preocupes se me vais magoar com a tua resposta ou não, porque magoada já eu estou, e não, não te estou a culpar por isso, apenas estou a aliviar um pouco da tua culpa porque quem tem mais culpa no meio disto, sou eu. Diz-me só o que sentes..."

"Eu gosto de ti.. a serio e muito.. acredita, mas não da mesma maneira que tu.. E mesmo que gostasse vivemos longe e as saudades iam-nos matar a cada dia que passava e depois com a escola quase nunca íamos estar juntos. Se eu gosto de ti? Sem duvida, tudo o que disse até agora foi do fundo do coração
mas não acho que uma relação entre nos os dois ia dar em algo. Não quero que deixes de falar comigo porque nunca foi isso que eu pedi.. apenas não dependas só de mim. Tenho muitos defeitos, mas se há algo em que eu sou bom é em ser sincero e NÃO perco amizades por nada"

E então eu desisti.

"Porque?"

Apenas esperava que retribuísses a minha mensagem de bom ano à meia noite. Apenas queria que me tivesses dito o mesmo que eu te disse, desejado o mesmo que eu desejei para nós, queria ter lido o mesmo que tu leste de mim... Sei lá, eu queria que tivesses dito que me amavas tal como eu te disse, tal como eu sinto e ao que parece, tu não sentes.
Pelos vistos já me mentiste montes de vezes, porque não mais uma?! Eu precisava mesmo dessa mensagem, sabes? (...) Será que pedi assim tanto de ti que não foste capaz de o fazer nem que fosse pela última vez? Talvez esteja enganada a teu respeito, talvez sempre tenha estado. Mais uma vez me iludo com novas esperanças, coisas mínimas mas que em mim têm um efeito gigante, maior do que qualquer coisa que possas imaginar. Mas afinal para que importa isso agora? O que aconteceu, aconteceu e (muito) infelizmente não se pode voltar atrás. Não posso voltar atrás no tempo e evitar esta paixão que tenho por ti, este desejo que me vai matando aos poucos, este sonho que eu odeio... O sonho de te ter a meu lado e não conseguir sequer tocar-te, esta-me a destruir cada vez mais.
Como é possível uma simples rapariga como eu ter tanto azar no amor? Como é possível uma rapariga como eu com 15 anos ter pensamentos como os que eu tenho? Ter as vontades que tenho... Os desejos de desaparecer estão cada vez mais presentes. Mais do que nunca... Tudo se acumula e um dia irá rebentar.
Houve uma altura em que pensei que iria chegar o fim, mas não fui capaz, e não irei ser capaz, afinal, eu nunca sou capaz de nada. Mas agora acho que aquele momento não era o meu limite, muitas coisas aconteceram e eu consegui superá-las, não por completo, mas consegui. Mas mais uma? Mais uma porque? Porque a mim? Porque tantas vezes? Porque sempre a mim? Porque sempre o mesmo erro? Porque sempre a mesma merda? Porque é que não me amam? PORQUE PORQUE PORQUE ?!
Eu não merecia, eu sei que não porra.
Porque é que me pedes para ficar quando tu já nem estas comigo? Porque é que me pedes para te salvar dos teus problemas quando o meu problema és tu? Porque é que me mentes? Porque é que me continuas a iludir? Porque é que me continuas a enganar? Porque é que dizes que me amas? Porque é que não sentes a minha falta como eu sinto de ti? Porque é que não queres que eu morra? Porque é que dizes que sentes a minha falta? Porque é que me pedes para ficar? Eu não te entendo. O teu sentimento mudou do dia para a noite.
Começo a ficar repetitiva e odeio isso.